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Jejum para 'conhecer Jesus' pode ter provocado a morte de 50 fiéis de seita religiosa; corpos foram exumados

Jejum para 'conhecer Jesus' pode ter provocado a morte de 50 fiéis de seita religiosa; corpos foram exumados

Corpos são de fiéis da Igreja Internacional da Boa Nova; cerca de 112 pessoas foram dadas como desaparecidas

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Mais 26 corpos foram exumados no leste do Quênia neste domingo (23), elevando para mais de 50 o número de cadáveres encontrados pela polícia em pouco mais de uma semana, dentro de uma investigação sobre a morte de seguidores de uma seita religiosa.

 

"Hoje [domingo], exumamos 26 corpos, o que eleva o número total para 47" nos últimos três dias, declarou Charles Kamau, chefe de investigações criminais do subcomitê de Malindi (leste), que acrescentou que as buscas continuam.

 

Na semana passada, as autoridades encontraram os corpos de quatro adeptos da Igreja Internacional da Boa Nova (Good News International Church, em inglês), dirigida por Makenzie Nthenge, que teria instado seus seguidores a jejuar para "conhecer Jesus".

Os investigadores intervieram na região após uma denúncia que apontava a existência de uma possível vala comum.

 

Contudo, muitos adeptos da seita ainda estão escondidos em uma área de mata.

 

Uma mulher foi encontrada neste domingo pelas autoridades com os olhos esbugalhados e recusando-se a ingerir alimentos, antes de ser transferida em uma ambulância.

 

A mulher "recusou absolutamente os primeiros socorros e fechou a boca com força, negando-se a comer e quis continuar seu jejum até a morte", declarou à AFP Hussein Khalid, membro da organização Haki Africa, que alertou a polícia sobre as atividades da seita.

 

"Pedimos ao governo nacional que envie tropas ao terreno para que possamos ir ao interior [da mata] para socorrer as vítimas que continuam jejuando até a morte", acrescentou.

Outros 11 fiéis, sete homens e quatro mulheres de entre 17 e 49 anos, foram hospitalizados na semana passada após receberem ajuda na região de mata, conhecida como Shakahola.

 

O líder da seita, Makenzie Nthenge, compareceu à polícia em 15 de abril, antes de ser detido.

 

Uma fonte policial afirmou que Nthenge iniciou uma greve de fome e que "está orando e jejuando" enquanto permanece preso.

 

Segundo a imprensa local, seis seguidores de Makenzie Nthenge também foram detidos.

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